domingo, 23 de agosto de 2009

Outra Perspectiva

Meu irmão adora Fórmula 1. É do tipo que assiste corrida a hora que for, independente de qualquer compromisso marcado e todos os anos vai até Interlagos assistir o GP do Brasil.

Não tenho esta paixão, mas morando com ele sempre fico sabendo sobre algum assunto relacionado a este “mundo”. Hoje saí cedo de casa e quando retornei, ele estava com uma super cara de contente olhando para a TV. Logo em seguida veio a explicação: hino brasileiro tocando, o chato do Galvão Bueno se esgoelando e Rubens Barrichello na sambadinha...

Apesar da mídia criticá-lo constantemente, meu irmão sempre explicou o porquê e o quanto considera Rubinho um excelente piloto (eu nunca entendi e jamais conseguiria escrever aqui).

Mas o fato é que enxergo Rubinho como um grande exemplo, pelo simples fato dele ter chegado até uma competição elitista, mesmo sendo de um país que não oferece incentivo e patrocínio a pilotos automobilísticos. É sinal de que alguma coisa ele tem de bom!

E mais, vejo sua trajetória profissional como o típico exemplo da famosa Curva de Gauss. Para quem não viu esta figura estatística, utilizada em administração, até "tentei" fazer o esquema no Paint:
Ela indica que em qualquer situação, sempre haverá os 10% acima da média, os 80% medianos e os outros 10%, que estão abaixo da média.

Este conceito é aplicável a tudo, basta escolher um parâmetro e fazer comparativos. É fácil, procure identificar em qual faixa estão as pessoas que trabalham em sua equipe, seus familiares, seu salário em relação ao mercado, seu processo de aprendizado, ou simplesmente seu atual momento de vida comparado a outros do passado. O mesmo acontece no caso da Fórmula 1, pois ainda que lá já estejam os grandes pilotos do mundo, temos alguns considerados melhores ou piores que a média.

O mais legal é que a curva de Gauss é momentânea. Por exemplo, às vezes nossa vida está lá na parte vermelha da curva e batalhamos tanto que conseguimos chegar ao extremo verde porém, infelizmente, o inverso também é verdadeiro.

Rubinho já passou e passa por estas fases: já esteve em baixa (com dúvidas se estaria de voltas às pistas), atingiu o auge (quando contratado pela Ferrari), voltou a ser um mediano, enfim... Mas a lição que temos que aprender com ele é de ser persistente e fazer o nosso melhor, independente do que as pessoas dizem. Encarar as adversidades de frente, com um sorriso no rosto e humildade é o mais certo, pois elas sempre estarão lá!

Uma hora conseguimos chegar entre os 10% acima da média, a vitória finalmente acontece e o seu gostinho fica muito melhor.

Um comentário:

Rosi disse...

Nossa, post excelente para um domingo de vitórias.
Assim como seu irmão, o maridão também adora velocidade e não perde uma corrida sequer. É claro que assito junto.
Pudemos ver a belíssima vitória do Rubinho, a emoção, suas lágrimas foram realmente comovente. Ele é um belo exemplo de brasileiro: não desiste nunca. Acho que ele deve acorda todos os dias, se olhar no exemplo e dizer uma palavra de incentivo, para mim Rubinho é um dos caras que acredita nele mesmo, com certeza.
Tb vibrei com a vitória das meninas do volei, perfeita campanha: 14 jogos - 14 vitórias.
Enfim, domingão tudo de bom.
Bjs e ótima semana