Segunda-feira, 19h30, mega trânsito no cruzamento da Caio Prado com a Consolação. Até aí nenhuma novidade para mim, que fiz este caminho durante 02 anos para chegar até o Mackenzie (grande responsável pelos congestionamentos neste trecho).
Mas hoje estranhei tudo estar parado, visto que as aulas estão suspensas por causa da gripe... E qual não foi minha surpresa quando dei de cara com aquele monte de adolescentes totalmente pintados, passando pelo famoso ritual do trote no farol por terem acabado de entrar na faculdade.
Podem me chamar de chata, mas sempre achei tudo isso uma verdadeira besteira e falta do que fazer... Uma coisa tão pré-histórica, que não condiz mais com o mundo em que vivemos! E, cá para nós, minha opinião ficou pior ainda depois que cursei a pós no Mackenzie e a cada início de semestre as ruas da região ficavam intransitáveis, cercadas de policiais e jovens desmaiados em coma alcoólico, no meio da calçada. Parecia um campo de guerra!
Acho que na verdade, o que sempre me incomodou foi não entender o real motivo do trote.
Se for para comemorar o ingresso em um curso superior, uma nova fase de vida, a chegada à idade adulta, porque não recorrer ao trote solidário? Doar sangue, coletar donativos, visitar um hospital... Fazer o bem a tanta gente! Ou simplesmente beber com os amigos e se acabar de dançar?
Agora se for para festejar o fato de ter conseguido entrar em uma faculdade particular, Mackenzie ou seja lá o que for, me poupe! Desculpa, mas acho que não fizeram mais do que a obrigação e estão comemorando o que, se vão ter que pagar o curso do mesmo jeito (a maioria às custas do papai)?
Até acho que merece uma celebração especial aqueles que conseguem passar no vestibular das federais e estaduais, afinal sou testemunha de que as provas são difíceis e, bem ou mal, o curso vai sair na faixa!
Mas ainda assim, não sou a favor de se parar um trânsito e atrapalhar a vida de um monte de pessoas se, cursar uma faculdade considerada de 1ª ou última linha hoje em dia, não é garantia de emprego para ninguém! Como diz meu pai, vai da competência do sujeito e ponto. O importante é “correr atrás”, sempre!
E sou obrigada a fazer mais um comentário: se todo mundo é contra dar esmolas para crianças no farol, por que os calouros continuam a achar que alguém vai se dar ao trabalho de abrir o vidro do carro para entregar dinheiro a eles? É um bando de maria-vai-com-as-outras mesmo, que nem sabe o que fazem por lá...
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